- eu amo assistir vôlei. é um dos poucos esportes que eu entendo como funciona. e eu considero ambas as seleções (feminina e masculina) equiparadas e não considero um esporte dominado por algum gênero específico (que é o que me deixa desmotivada com muitos esportes). me lembra minha infância porquê eu fico com a impressão que antes as partidas passavam toda hora na televisão. minha mãe sempre gostou também e queria que eu fosse líbero. eu gosto de jogar vôlei também, mas é um esporte para pessoas altas, mesmo o líbero.
- eu queria muito entender basquete e acompanhar as ligas. também é um esporte que eu gosto muito. também acho baseball interessante, até.
- já que estamos no tópico esportes, preciso falar o quanto futebol é superestimado. não acho que hoje, no brasil, exista um time que valha a pena torcer, em sentido técnico, de qualidade. qualquer um pode virar jogador de futebol mas se não existe talento nato, o esporte vai ficar medíocre. também acho que isso deve ser sequela do trauma chamado copa de 2014. e eu odeio a fifa.
- entretanto! eu gostaria de jogar futebol. eu jogava quando era mais nova nas aulas de educação física. felizmente, a turma de EF era divida por gênero, então a maioria das meninas não sabia como jogar e todas ficavam mais confortáveis de estar errando porque eram poucas que tinham afinidade de fato. eu não era boa, nunca fui, mas eu entendia uma coisa ou outra (eu sabia muito sobre futebol quando era criança graças ao corinthians). entretanto, eu fiquei traumatizada porque eu fui empurrada diretamente na quina da arquibancada. pra uma pessoa de 11 anos isso foi uma experiência de quase morte.
- quem fez isso foi uma menina que fazia bullying comigo. eu sempre tive uma política de nunca responder bullying feminino porquê eu deveria ter algum nível de compreensão de rivalidade feminina. então geralmente eu era extremamente agressiva e violenta física e verbalmente com os meninos (não é a toa que toda vez que sonho com brigas sempre sou eu contra um homem). mas essa menina me dava nos nervos porquê era de graça. eu ignorei esse acontecimento na quadra mas uns anos depois eu fiquei de saco cheio e dei uns gritos nela no meio do corredor em horário de aula. sempre tive a impressão que era triste que ela fizesse isso comigo porquê ela era "igual" a mim. por acaso, recentemente a tasha comentou sobre como o estereótipo de regina george só existe entre brancos e eu pensei uau, sim. e parafraseando o que eu vi algumas pessoas conversando sobre: meninas negras que bulinam outras meninas negras são realmente objetos de pena, porquê é uma projeção de todo o bullying que elas também potencialmente sofreram e engoliram para se encaixar em uma sociedade branca.
- e eu acho incrível a experiência negra feminina de encontrar uma pretinha na rua e sorrir pra ela e ela sorrir de volta porquê simplesmente existe uma comunicação de olhares sobre reconhecer a existência uma da outra. não teve uma vez que eu conheci uma menina negra que não começou porquê nós achamos umas as outras lindas e isso aquece meu coração de formas inexplicáveis. especialmente porquê muitas vezes é uma admiração tão tímida, velada por algum motivo, que quando eu chego pra falar "você é tão linda" eu geralmente escuto "você também é, tava te olhando e pensando isso" e eu fico HFSDFSJDZXFHSJ\ZD<333. eu tento não deixar os pensamentos intrusivos vencerem e pensar que a pessoa só está me elogiando de volta por educação. no dia que eu falei com aquela menina no ônibus indo pra unit foi uma das experiências mais sublimes da minha vida, e olha que eu só conversei uns 3 minutos com ela. espero que ela se dê muito bem na vida.
- eu tenho algum problema com correr, gritar e pular. não vou elaborar porquê não sei dizer qual a raiz do problema. mas eu corria muito rápido quando era criança, e geralmente ganhava as competições de corrida em EF. acho que correr pode ser pelo dia que eu quase fui abusad4 (?).
- quando eu era mais nova eu fiz muita coisa. era radialista, fiz oficina de teatro, um musical, capoeira, balé, taekwondo, karatê, oficina de fotografia, oficina de rádio, flauta doce, violino, percussão, violão. já entrando na parte mais ilegal, apostava racha de bicicleta (ganhava sempre).
- quando eu era mais nova eu passei por umas experiências de quase-morte. elas não foram de fato ameaçadoras mas quando eu penso sobre a agressividade, havia um fundo de malícia. especialmente com os meninos que eu bulinava. btw não me arrependo de bullying nenhum com eles, faria de novo se tivesse a oportunidade. acho que até fui muito leve em muitos momentos. se eu pudesse voltar no tempo, eu teria sido mais violenta. deus deveria ter medo de mim.
- assim como jang jaeyeol, eu tenho uma conexão de traumas com o banheiro. eu considero o cômodo mais seguro da casa.
dec 1 2023 ∞
jan 2 2024 +