eu me importo demais em deixar as pessoas confortáveis porque eu simplesmente ODEIO me sentir desconfortável, mas na maioria das vezes pensando no conforto dos outros eu abro mão do meu. é algo comum em muita gente mas eu sempre achei que eu era uma pessoa até meio egoísta porque eu sempre pensei em mim em primeiro lugar, sabendo que isso é que é o certo e o saudável a se fazer mas ainda fazia eu me sentir egocêntrica. e ser uma pessoa que tem a autoestima estável somente colaborava pra essa skin que eu achava que tinha, grandona e sem medo... olha como eu me autosabotei novamente. mais uma vez eu fico tentando me encaixar em uma personalidade pronta, em uma imagem, pois tenho algumas características que se completam, me encaixo em certos quesitos de um rótulo e acho que já descobri tudo sobre mim, que já me encontrei, mas esqueço de continuar a minha auto-pesquisa, auto-observação...

    • enfim, primeira nota para mim mesma: para de achar que já sabe de tudo sobre você mesma. não adote uma personalidade pronta que você acha nas músicas, filmes, redes sociais ou dia a dia. legal que você se identificou com algumas coisas mas não tente se encaixar no resto. esse resto quase sempre não abrange a imensidade que é você, ou eu (eita que eu fui profunda nessa).

tenho que praticar não guardar as coisas pra mim mesma, ficar esperando uma oportunidade boa pra falar, porque nem sempre essa oportunidade aparece de novo. e eu sei que é MUITO difícil, pra que já se tornou profissional em engarrafar sentimentos, praticando isso desde o fundamental, parar é quase impossível, ainda mais porque eu já faço isso inconscientemente, não me pergunto a mim mesma, não me peço permissão, apenas guardo instantaneamente algo que eu sei que vai me machucar, olha aí outra autosabotagem, mas dessa vez juro que eu não sei como acontece, eu nem sinto mais, nem sinto que estou guardando sentimentos, nem na hora, nem quando estou prestes a explodir, só sinto quando já transbordei, e olha que o meu estoque é grande, eu demoro transbordar, então na maioria das vezes eu só sinto um vazio mesmo, achando que essa indiferença faz parte da minha personalidade (a skin grandona e sem medo ataca novamente). isso eu já desconfiava desde muito tempo, mas toda vez que eu transbordava e a verdade vinha a tona eu pensava que era por causa do ciclo menstrual tipo "ai eu não sou tão sensível assim era só a tpm" (eu nem mantenho calendário do ciclo menstrual?), na verdade você é sensível assim mesmo sua pamonhona do caralho. ai que odiokkkkkkk.

    • enfim, segunda nota: continue tentando não guardar as coisas para si mesma, eu sei que você tem feito isso tipo? a vida inteira? kkk mas continua tentando ai, até porque o que você pode fazer além disso, né? começa abrindo a porra da boca quando você se sente mal com algo, comentários, atitudes, sem pensar no que as pessoas vão achar, apenas fale, te incomoda, te ofende, te deixa mal, ou demonstre, mas se ficar fazendo bico não funcionar então verbaliza mesmo, desenho se preciso. se eles se importam eles vão mudar, se não mudarem então você muda, o nível de intimidade com eles, eu sei que você sabe fazer isso.

agora algo que eu ainda não entendi muito bem mas quero tentar diferente é: falar menos. me sinto tão mal em pensar que as vezes nem é porque eu falo demais, é só porque as pessoas não tem interesse em ouvir mesmo... isso me dói muito, pega naquela, a maior das minhas inseguranças, o sentimento de insuficiência, ai essa me destrói. então não gosto de pensar que é culpa minha, apesar de que minha mente me trai nesse quesito e eu acabo pensando mesmo assim, as vezes eu consigo me enganar e continuar tentando me fazer acreditar que na maioria das vezes é culpa dos outros mesmo, até porque hoje em dia todo mundo quer falar mas ninguém quer ouvir. mas quero tentar falar menos, quero testar pra ver se desse jeito eu não me machuco quando percebo a falta de interesse dos outros, ou quando me cortam, etc...

    • terceira nota: tentar falar menos, escutar mais ainda, coisa que já tenho feito mas dessa vez quero deixar de falar mesmo, pra ver se sentem falta, acho que não, talvez até gostem, e talvez eu consiga me segurar, assim talvez as pessoas escutem mais o que eu tiver pra falar, já que eu não vou estar falando tanto ne... muitos talvezes que eu não sei se vão se concretizar, mas quem sabe talvez ne.
feb 1 2023 ∞
feb 1 2023 +