A morte é uma coisa muito curiosa e de alguma forma muito constante ao meu redor. Não gosto de trabalhar esse conceito com ninguém porque acho a morte uma coisa íntima, engraçado isso, mas muito real a morte para cada um é uma forma diferente de diferentes intensidades. Eu sempre quis pensar na morte como uma porta de entrada para outro lugar (talvez pq era encontrava conforto quando mais novo, acreditar que se me matasse não rolaria nada além de paz), mas no fim nunca tive essa ideia, a morte sempre é algo doloroso para mim. Não no sentido expressivo, mas parece que cada perda eu as enfrento sozinha, eu não mato as pessoas na minha cabeça, gosto muito daquele conceito de "não vou te esquecer, vou te celebrar" e espero que sejam assim que entendam minha morte, talvez uma comemoração africana (ia ser incrível).
Meu não lugar se chama medíocre, uma vez uma professora disse que éramos isso, e no fundo concordo com ela, pelo menos no meu caso. É e uma merda ser medíocre, preferia não ser nada do que estar no lugar de meio termo, sempre chego em algo e morro na praia. As vezes tenho inveja dos meus amigos, porque independente de quanto tente estou sempre na média (as vezes a baixo dela), alguns diálogos deixam claro que não só eu penso isso, as pessoas pensam isso de mim. Saca aquele conceito bíblico de morno, que na boca da ânsia, me sinto assim, a todo tempo tem alguém querendo me vomitar, sirvo como tapa buraco das coisas. As vezes me dão voz para simplesmente dizer que o que faço é algo que já sabiam ou já tinham entendimento completo na cabeça. Isso é triste, mas no dia a dia não me importo muito, acho que o desejo de ser algo faz com que essas coisas aconteçam. Reconheço isso sendo culpa minha, se tivesse autoestima estás coisas não aconteceriam, mas no fim só medíocre mesmo.