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Já se perguntou isso, né?
Esperar não é nada fácil. Somos tão imediatistas... Achamos que só porque algo não vem num tempo determinado, quer dizer que nunca vai vir — ou que, se vier, chegará cheio de defeitos, quase irreparáveis. E que esperança frouxa é essa?
Por que tudo precisa se basear no aqui e agora? Por que o coração demora tanto para aceitar esperar por algo — ou alguém — que ainda não vemos?
Tenho pra mim que o nosso coração é como um carro com os freios danificados: ele não para. E claro, literalmente falando, se ele parar... aí sim, ferrou tudo. Mas, metaforicamente, ele é mesmo esse tipo de carro: em uma descida radical, ele não vai te salvar. Porque ele não consegue parar. Não sabe segurar. Não sabe conter. E às vezes — na verdade, vamos ser realistas, quase sempre — é justamente a espera que te salva dos grandes perigos e das decepções inevitáveis.
Mas, calma, eu ainda não dominei essa arte de esperar. Estou apenas começando a compreendê-la, aos poucos — e, acredite, até me fascinando com ela. Não sou uma jovem incomum por escolher, quase sempre, “esperar”. Sou apenas alguém tentando arrumar este coração desordenado.