• aimonimia: o medo de que aprender o nome de algo – um pássaro, uma constelação, uma pessoa bonita – vai estragar tudo. Transformando uma descoberta do acaso, em uma casca conceitual vazia.
  • ambedo: um tipo de transe melancólico no qual você se torna completamente absorto por pequenos detalhes sensoriais – pingos de chuva escorrendo pela janela, árvores altas se dobrando lentamente com o vento, espirais de creme se formando no café – o que, por fim, leva a uma avassaladora constatação da fragilidade da vida.
  • anchorage: o desejo de segurar o tempo enquanto ele passa, como tentar se segurar em uma pedra no meio de um rio com muita correnteza.
  • anemoia: nostalgia de um tempo no qual você nunca viveu.
  • anthrodynia: um estado de exaustão ao perceber o quão horríveis as pessoas podem ser umas com as outras.
  • boketto: ato de olhar fixamente para o nada sem qualquer pensamento na cabeça, ou seja, aquele exato instante, em que estamos absortos no nada, sem ouvir as sete vezes que tentaram sem sucesso nos chamar.
  • ecstatic shock: a onda de energia que surge ao olhar de relance para alguém que você gosta.
  • exulansis: a tendência de desistir de tentar falar sobre uma determinada experiência porque as pessoas são incapazes de se relacionar com ela.
  • monachopsis: o sentimento sutil mas persistente de estar fora de lugar.
  • onism:a frustração de estar preso em apenas um corpo que habita apenas um lugar por vez.
  • rückkehrunruhe: o sentimento de voltar para casa depois de uma viagem imersiva, e perceber que toda a experiência já está desaparecendo rapidamente da sua consciência.
dec 20 2018 ∞
jan 26 2019 +