• O "jogo do contente", não conhece? (...) Começou com umas muletas que vieram da barrica do missionário. (...) Eu queria uma boneca e papai havia escrito que a mandassem, mas quando a barrica chegou, não havia boneca nenhuma dentro e sim um par de muletinhas para criança. Foi então que o jogo principiou. (...) O jogo é encontrar em tudo qualquer coisa para ficar alegre, seja lá o que for, explicou Pollyanna com toda seriedade. E começamos com as muletinhas.
  • Oh, estou respirando o tempo todo, mas fazer isso não é estar vivendo, tia Polly. A senhora respira todo o tempo que está dormindo e quem dorme não vive. Quero dizer, vivendo, isto é, fazendo coisas de que a gente gosta, como brincar lá fora, ler para mim mesma, subir ao morro, conversar com o senhor Tom e Nancy no jardim, e saber tudo a respeito das casas e das pessoas que moram nas lindas ruas por onde passei. Isso é o que eu chamo viver, tia Polly. Respirar só, não é viver.
  • Em tudo há sempre uma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la.
  • A Bíblia está claro que não diz assim. Mas todos esses pedaços começam com "alegria", "Sê contente no Senhor", ou "Rejubila-te", ou "Salta de alegria" e por aí além - o senhor sabe mais do que eu. Uma vez papai esteva muito doente; para distrair-se na cama contou oitocentos pedacinhos desses. (...) Oitocentos pedaços que mandam a gente ficar alegre. Era o que meu pai chamava "os textos alegres". (...) Costumava dizer que se sentiu muito melhor desde o dia em que começou a catá-los na Bíblia. Também dizia que se Deus teve o trabalho de nos lembrar a alegria por oitocentas vezes é porque desejava que fôssemos alegres. E papai teve vergonha do tempo em que não era alegre. Passou a contentar-se com tudo e a ser muito feliz. E tirava dos textos um grande conforto.
jan 17 2016 ∞
jan 18 2016 +