|
bookmarks:
|
main | ongoing | archive | private |
I fell IN LOVE with Jack. Loved everything about him. His sense of humor is perfect, as well as his personality. There's something about the way he deals with Elsie, the sincerity in his gestures even when she's sure he hates her. He is described as "big" way too often, but that's ok. What a man.
At first I thought the book was kinda boring, a bit repetitive in its narrative, but it grew on me. It took me a while to get attached to Elsie as a main character, but I UNDERSTAND who she is. Understand why she acts the way she does. I was very pleased with her development. Elsie's greatest quality is that she is very funny, I laughed a lot. The relationships between the characters are great, the secondary characters are awesome, and the world building is very believable. Highlights include George, Ceci, Greg, and Millicent (Jack's relationship with his grandmother is so great, wow). I kinda love that Elsie reads fanfics and ships Bella/Alice, and I love even more that Jack supports her hobbies and wants to be part of it. I cried three or four times because I empathize with Elsie's problems; I didn't expected that.
However, there's too many sex scenes for my liking. They were well written (apart from some terminology that caused me second-hand embarassement), but I can understand their relevance and what they add to Elsie and Jack's love story. Jack is so clingy when he's in love, I would run if I were Elsie, but it makes sense for them, so... Anyway, good reading. It was a good company for the first week of the year. It reminds me a lot of Ali Hazelwood's other books, but it didn't bother me that much.
The worldbuilding here is PERFETCT. It's so interesting, so rich and immersive. I could read about these character's jobs and magic all day. Also, I fell deeply in love with Antonia. Her rebel soul is inspiring. She's funny and pretty and easy to relate to as a character. Her relationship with Rook is nice, they work so well together; she's the model figure he needed all along. Buuut I couldn't care less about Rook and Sun's dating thing. The scenes surrounding their romantic lives were pretty boring. Fable is annoying AF, I don't quite enjoy characters like them.
The feeling of being an outcast is perfectly put into words. At the end, it felt like Rook was finding his place in the world as he strengthened the ties with this new family. It's important to see this out there; there are a lot of children who need to hear this. The representation of trans characters in the book is so nice; someone, somewhere, must have felt seen, and that's important.
So well. It was a good book, but I didn't fell in love with every aspect of it. But I would 100% read an entire series focused on Antonia.
One thing I truly hated: the book's synopsis doesn't make sense. I don't know why they would put the information that Antonia and Fable would be abducted if this only happens afther the first half of the book. It wasn't the hook to unite Sun and Rook as I thought at first, so why is this relevant to be spoiled? I don't know if this is the universal synopsis, but it was in the Portuguese version (which is the one I read).
P.S.: I've sent a messege to the author on Instagram and they answered me! It was really nice of them. They're such a good writer. I'm happy I was able to read this one, as well as their other books.
WHAT THE FUCK. WHAT THE FUUUUUUUCK. Yeah, y'all are Chornics AF. (I read the extra chapter as well).
I'm SPEECHLESS. I don't think this is a book you should talk about, only feel it. I cried. A lot. Yeah.
The plot twist was pretty cool, but the book as a whole was kinda boring. I couldn't get attached to the characters. Even the few characters I liked (Indira, Yuri, and Alicia) weren't enough to make me care much. The mystery kept me going, so I give it some credit. I won't elaborate about Theo's career and how unethical the therapy sessions were because it's a fiction book. I liked the end! And I think the author did a good job explaining the "Alcestis" reference. The plot twist scenes were so exciting to read, even though I had already figured it out at this point. I really like the idea of a book switching its point of view between past and present without telling the reader; it was clever.
A friend of mine lent me this book, and the best part was all the talk we had because of it. I created a lot of theories about the plot, it was fun! I believe it will be a pretty good movie in the future.
How could I NOT love this book when it was written by my favorite author?
Sometimes I forget how much I love Rainbow's writing, but then I start reading one of her novels and remember that she can talks to me like no one else.
I was SO HAPPY to see a storie from Attachment; it's my favorite book from Rainbow, and I always wondered what happened to Beth, Lincoln, and Jennifer after all those years. Also, I was so glad it included stories from Fangirl and Simon Snow-loved to Baz&Simon, as well as Reagan!
But my absolutely favorite story was "Winter Songs For Summer". It was PERFECT. This is why Rainbow's my favorite writer.
Achei a escrita do Raphael excelente - como sempre - e concordo ele evoluiu muito nesse livro. Pra mim também fica bem óbvio que ele tem um olhar bem abrangente quando descreve os cenários, provavelmente já imaginando possíveis adaptações ou como a história ficaria em outro tipo de mídia. Isso traz algumas descrições muito boas - como a Eva se olhando no espelho de três faces na casa da mãe dela. Na minha cabeça, é uma cena muito esteticamente bonita. E, considerando que esse livro propositalmente pensado em paralelo com o filme, fica mais evidente ainda.
A Eva é uma personagem muito boa e complexa. As questões de maternidade são muito bem desenvolvidas. Pra quem é mulher - e uma mulher que não quer ter filhos, no meu caso -, é angustiante os sentimento contraditórios dela em relação à gravidez. Achei quase sufocante tudo o que ela sentiu nessa primeira parte do livro. Dou esse mérito ao autor, porque são sentimentos muito conflitantes que foram bem trabalhados. Existe esse tabu que impede a sociedade de ver mães como pessoas, e em muitas cenas vi a Eva nesse papel: diminuída ao papel de mãe, sem voz, violada. A cena do parto é uma das melhores que eu já li ("Toda essa violência me assusta").
Entretanto, acho a Eva uma personagem contraditória. Talvez por acompanharmos só o ponto de vista dela, senti que ela vai mudando sutilmente a visão de como se sente conforme é conveniente. No começo achava ela uma mulher egoísta, que se beneficiava da vida no condomínio que tanto criticava, que escolheu ter um filho mesmo sem querer pra continuar naquela vida perfeita que ela conseguiu agarrar. Uma mulher que criticava os moradores do condomínio - com razão -, que via a Solange como uma amiga de fachada. E está tudo bem nisso! Tudo bem um personagem ser egoísta, já que a maioria das pessoas também é na vida real. Mas senti que isso foi se perdendo no livro: quando todo mundo parou de falar com ela, a Solange passou a ser a "melhor amiga" nos pensamentos dela. O filho, que era o parasita e causava tanto desconforto pra ela, subitamente passou a ser o amor da vida dela, alguém com quem ela se preocupava. Isso me fez sentir que toda a construção de personagem da Eva do começo do livro - especialmente as questões de depressão pós-parto - foram deixadas de lado sem maiores explicações, como se um instinto materno tivesse surgido do nada. E essa mudança foi, convenientemente, quando o plot levou para outra direção.
Achei que a construção dos pensamentos confusos da Eva foram muito bons para a narrativa. Imagino que muita gente vai achar incoerente, mas eu achei muito condizente. Uma mulher em um estado alterado daqueles não iria ter uma linha de pensamentos coerentes mesmo. Pra mim essa é a graça do livro: tentar ligar os pontos através de um narrador não confiável, ver o que faz sentido ali, ver o que não faz. Em determinados momentos a Eva tenta até encontrar explicações sobrenaturais pra tudo, o que faz sentido dentro do contexto que ela estava inserida. O sentimento de perseguição dela, os sonhos, ter que voltar pra casa que tanto fez mal pra ela - isso construiu um clima de suspense muito bom! Em diversos momentos me peguei prendendo a respiração, sentindo um medo real. Esses momentos mostram o quão bom escritor o Raphael é. Ele soube levar as cenas com fluidez mesmo quando a Eva estava sozinha, mal tendo outros personagens com quem interagir.
Acho muito bom como esse livro tem uma crítica social forte. Não vi muitas pessoas falarem sobre isso, mas acho importante ressaltar o que o linchamento virtual fez com a Eva, o cancelamento, como milhares de pessoas online que nem a conheciam passaram a ter opiniões antes mesmo que o caso fosse investigado pela polícia. Infelizmente, essa é a realidade das redes sociais mesmo. E isso é muito perigoso! Vidas podem acabar por causa disso. No caso da Eva, o impacto foi inegável. Ela perdeu emprego, perdeu tudo, etc. Muito se fala sobre a imagem perfeita que tentam passar dentro do condomínio - o que é verdade também -, mas a internet teve uma escala muito maior nisso. Os jornalistas revirando o passado dela, criando teorias da conspiração, jogando na internet como se fosse fato... Se alguém não vê o quão real e aterrorizante isso é, não deve estar vivendo nessa era onde a internet se tornou seu próprio "Blue Paradise".
Também gosto muito da crítica sutil do Raphael voltada para os privilégios das pessoas. Dessa vez, não poderia ter ficado mais escancarado do que nos moradores do condomínio. Como um autor homem, também acho que ele trabalhou muito bem a figura masculina do Vicente como uma opressão para a Eva: um homem que insistiu que tivessem um filho, mas então não tinha dinheiro para contratar uma babá; que exigia que ela fosse mãe de 3, esposa, passasse as roupas dele; que contribuía para a vida de aparências; que precisou ver a Eva em surto para começar a fazer algo. E mesmo quando ele se moveu, foi só para continuar sendo o pai perfeito. Em nenhum momento ele foi bom para a Eva enquanto parceiro.
Por sinal, achei o Vicente muito frouxo em diversos momentos. Se ele realmente não sabia o que estava acontecendo, se não era culpado por nada, pra mim não faz o menor sentido a postura que ele adotou em relação à Eva em muitos momentos. Uma mulher que potencialmente era a culpada por espancar os filhos dele e ele a manteve ali, dentro de casa, sem acionar a polícia. Ele oscila muito entre alguém que julga a Eva e alguém que, de alguma forma, ainda tenta protegê-la (ou talvez se proteger). Ele foi conivente com os abusos, independente de quem era o agressor.
O plot fazia muito mais sentido, pra mim, com a coisa do Vicente sendo o culpado por tudo. Não sei se abandonar essa narrativa para ter o plot twist da Angela nos últimos capítulos foi a melhor decisão em questão de enredo. Acho que seria muito consistente se tivesse sido ele, porque infelizmente é muito comum que o abusador esteja alguém da família. Desde o começo do livro eu achei estranho ele tomar banho com as meninas de 10 anos, a Sara fazer xixi na cama... Eram sinais alarmantes que nem todo mundo pega de cara, já que acontece espaçadamente. Quando a Eva começou a desconfiar dele, me senti péssima por não ter percebido antes! E faria todo o sentido se fosse. Não ter sido isso deixou muitas pontas soltas pra mim, especialmente a coisa do xixi na cama e toda a conversa da Eva com a ex-sogra do Vicente.
E já que estou falando de pontas soltas:
Foi interessante que o livro comece pelo último capítulo, mas acho que isso atrapalhou o final da história. A postura da Angela não é tão condizente, pelo menos do meu ponto de vista. Ela deveria ter lutado mais contra a Eva no carro, ter agido mais ativamente, falado mais coisas... Ela parecia muito mais calma do que quando atacou a Sara, por exemplo.
Talvez isso pudesse ter sido resolvido com um epílogo, mais capítulos - embora eu saiba que não é a proposta - ou mesmo alternar o capítulo 30 para o ponto de vista da Angela no final de tudo. Poderíamos ter tido muitas das respostas.
Mas bom, eu sei que o livro não é obrigado a dar todas as respostas. Uma das partes legais é pensar sobre as possibilidades. E tenham as pessoas amado ou odiado a história, é inegável que ela faz pensar!
Ainda agora, depois de ter terminado, fico me perguntando se a Eva é confiável. Tem uma parte minha que acredita que talvez ela tenha fantasiado tudo, inclusive que viu a Angela na câmera machucando o Lucas. Gosto que no final ela não era a culpada porque evita o estereótipo de "mulher louca", mas é mais uma teoria para se manter sobre o final.
Mesmo tendo apontado alguns pontos que, pra mim, não ficaram muito bem trabalhados, achei o livro incrível! Ele tem uma pegada diferente dos outros livros do Raphael... É um terror mais sutil, cotidiano, que fala muito diretamente com a vivência de mulheres. Não é um livro de ação, mas isso não tira o mérito dele. As cenas de suspense são construídas muito bem e dão um clima macabro para o livro. Entrega o que promete.
Também acho importante ressaltar, em uma época onde as pessoas amam ou odeiam tudo, que é normal gostar muito de uma obra e ainda assim conseguir ver que ela não é perfeita. Acho que é um exercício muito importante para o pensamento crítico.
Por último, queria dizer que AMO as referências que o Raphael faz aos seus outros livros! É uma das melhores partes pra mim.