e tomar cuidado para eu não agir assim
- a amiga que ouve a história e acaba sentindo vergonha por você. ela gagueja e confirma que você deve estar horrorizada. segue-se um momento desconfortável de silêncio. e aí você tem que fazer com que ela se sinta melhor.
- a amiga que reage com pena (sinto pena de você) em vez de empatia (eu entendo, já aconteceu comigo). se você quer ver um ciclone de vergonha tornar-se mortal, jogue nele algo como “ah, coitadinha”.
- a amiga que precisa que você seja um pilar de valor e autenticidade. ela não pode ajudar porque suas imperfeições a desapontaram. você a decepcionou.
- a amiga que está tão constrangida com sua vulnerabilidade que a repreende: “como você deixou isso acontecer? o que você estava pensando?”. ou ela procura outra pessoa para culpar: “quem é esse cara? nós vamos acabar com ele!”.
- a amiga que faz tudo para você se sentir melhor e, devido ao seu próprio constrangimento, recusa-se a reconhecer que você possa realmente ser louca e fazer más escolhas: “você está exagerando. não foi tão ruim. você mandou bem. você é perfeita. todo mundo te adora”. (essa me lembra um tipo 2 unhealthy no eneagrama)
- a amiga que confunde “sintonia” com uma oportunidade para superar você: “isso não é nada. ouça o que aconteceu comigo...”.
tirado de 'a arte da imperfeição' da brené brown