— EM SAGITÁRIO:
"Aqui o nativo ganha uma chance de unir intelecto e espiritualidade, sugerindo uma influência que traz à tona um maior desejo por conhecimento e aventura. Essa busca pode te levar a vários lugares, sempre com o intuito de aprender cada vez mais. Atente-se apenas em manter um equilíbrio entre seu lado mais aventureiro e extravagante com um lado mais sóbrio e conservador para ficar longe de problemas.
Por conta disso, viagens são geralmente muito bem-vindas. Você tende a travar contato com outras pessoas buscando por mais experiência, sempre com boas intenções. Otimismo, generosidade, senso de diplomacia e justiça são mais amplificados, fazendo com que as pessoas geralmente gostem de você.
Esteja mais atento apenas para que um ou outro não tente tirar vantagem de uma maior generosidade expressada por você. Além disso, evite ter nutrir vícios por jogos e misturar dinheiro com amor, assim como se deixar levar pela normalização da infidelidade, fugindo de casos ou situações complicadas nos relacionamentos nesse sentido."
— SOBRE LILITH:
"Falar sobre Lilith, tanto a nível astronômico quanto astrológico, não é uma tarefa simples. O assunto possui alguns detalhes peculiares e algumas controvérsias. Astrologicamente, não é algo utilizado por todos os astrólogos ou ordens esotéricas, sendo relegado a um oceano de dúvidas, lendas e informações diversas ao longo do tempo, passando pela mão de curiosos e estudiosos.
Para remontar a figura de Lilith, a astrologia ocidental foi beber na fonte babilônica. Tal mito chegou até nós através do contato com povos antigos que interagiam naquela região e foram os precursores do estudo da astrologia. Foram essas civilizações ancestrais que passaram a cultuá-la, mas também por disseminar a sua essência demoníaca.
Reza a lenda que Lilith, teoricamente, foi a primeira mulher de Adão, sendo exilada do paraíso e obrigada a viver nas profundezas das águas do mar, junto com os demônios com os quais mantinha relações sexuais. Insaciável, buscava sempre satisfazer seus desejos mais impetuosos. Por este motivo, muitas vezes sua presença no mapa é atrelada a temas como compulsão sexual, perversões e algumas derivações obsessivas.
Outro ponto importante é o fato da astrologia se basear, obviamente, em elementos da astronomia em seu cerne. Assim, podemos traçar um paralelo do exílio de Lilith com o apogeu da Lua, que é quando o satélite natural está mais distante da Terra, como se também tivesse sido exilado do nosso sistema solar.
A figura mítica de Lilith remonta a um passado cultural e histórico em que é atribuída à mulher uma essência diabólica, principalmente àquelas que ousam desafiar os homens, seja fisicamente ou no campo das ideias, sendo mais sábias e oferecendo uma ameaça intelectual, formando um arquétipo sombrio que se perpetua ao longo do tempo e em várias sociedades.
Tanto a mitologia babilônica quanto a mesopotâmica descrevem Lilith como um demônio associado às trevas e ao lado feminino, fazendo referência a episódios de destruição e ligados à morte. Na mitologia Suméria, Lilith também é apresentada como um demônio, só que de uma maneira diferente. Ela ganha forma de ventos com forte poder de destruição, tendo como maior símbolo de representação a Lua.
Em muitas épocas, a imagem da mulher como demônio ou símbolo de tentação foi usada pelo senso comum para levar muitas mulheres para fogueira. Ao longo do tempo, essa justificativa encontrou ressonância principalmente no cerne da sociedade medieval, que tecia muito de suas crenças através da mitologia, principalmente na fase mais obscura da igreja católica com seus tribunais de inquisição que acusava muitas mulheres de bruxaria.
Além dessas citadas, a mitologia grega também se apropria dessa representação e a compara com Hécate, a deusa grega responsável por guardar a porta do inferno e que dela deriva a palavra hecatombe em nosso idioma, que significa "sacrifício de cem bois", ou massacre grandioso, mortandade.
Lilith é de fato conhecida por ser a mulher mais antiga (e talvez a mais controversa do mundo). Teve sua figura decantada em verso e em prosa por vários livros sagrados, entre eles as escrituras apócrifas. Essa figura feminina traz o arquétipo da mulher que não se deixa dominar, e por isso, paga um alto preço pela sua insurgência a uma ordem social basicamente patriarcal.
Segundo alguns textos, Lilith foi criada para viver ao lado de Adão no Paraíso. Porém, por ter um espírito inquieto e questionador, ela não aceitou ser submissa ao seu companheiro, já que ambos tinham sido feitos do mesmo material. Sendo assim, a mulher decidiu ir embora e viver por conta própria. No entanto, a partir daí, Lilith passa a ser considerada um demônio ou uma divindade sombria, ligada às trevas ou a elementos obscuros.
Apesar de não ter seu nome mencionado explicitamente na bíblia sagrada, Lilith aparece nas entrelinhas no livro de Gênesis, capítulo 2, que afirma que Deus criou outra mulher, que seria Eva, abrindo margem para especulações no que diz respeito à existência de uma primeira mulher - no caso, Lilith - que teve o nome banido devido à sua rebeldia.
Assim, formou-se um contraponto entre Eva e Lilith, em que a primeira representa a mulher feita a partir da costela do homem para viver sob a tutela masculina; e a segunda, a mulher que não aceita um papel menor devido à sua condição feminina e, por isso, questiona o criador com veemência e rejeita a submissão, inclusive não aceitando ficar embaixo de Adão durante a relação sexual.
O glifo da lua negra com uma cruz embaixo é geralmente utilizado para definir o posicionamento de Lilith no mapa astral. E a lua tem um papel importante no desenho dessa influência, pois interage com a nossa sensibilidade e nossas emoções. Assim, se alinha também aos possíveis sentimentos provocados pela pressão de Lilith, como solidão, tristeza e opressão.
É um ponto no nosso mapa astral desconhecido por muita gente, mas que pode trazer influências peculiares, que devem ser analisadas sob a ótica dos signos e casas onde está posicionada.
Na astronomia, Lilith - ou Lua Negra, foi tida como um corpo celeste invisível que transita em torno da Lua. Por analogia, na astrologia, a Lua Negra é analisada por um prisma muito particular, pois pode indicar também ausência de algo, ou até mesmo, representar sentimentos nefastos.
A simbologia de Lilith no mapa traz uma energia muito forte, muitas vezes carregada de negatividade, justamente por representar parte do lado obscuro e sombrio do indivíduo. Assim, conhecer a posição em que Lilith se encontra em nosso mapa astral é interessante para obter conhecimento a respeito de possíveis bloqueios, pressões ou insatisfações com os quais temos que eventualmente lidar.
É obtida quando a Lua está em seu apogeu (ponto mais distante da Terra) e fala sobre o nosso lado feminino (representado pela Lua) se sentindo isolado, pressionado, como se fosse mal compreendido. Naquele ponto específico do mapa astral, é como se houvesse grande insatisfação ou compulsão. É onde queremos ter uma liberdade diferenciada e realizar nossas vontades, onde não admitimos que desejos sejam negados. É preciso controlar essa energia para que não se torne destrutiva. Lilith também costuma simbolizar a versão feminina de Plutão.
Como qualquer aspecto do Mapa Astral, Lilith traz influências energéticas que podem ser vistas de diversas formas, como por exemplo:
— Lado Positivo: forte energia feminina que não aceita passivamente ser oprimida. Quer que sua voz seja ouvida, quer ser reconhecida e de certa forma, contemporaneamente, tem bastante a ver com o feminismo. Pode ajudar a pessoa a entender nuances da sua sexualidade assim como a se sentir mais independente e segura.
— Lado Negativo: aflora os temores da pessoa, traz à tona inseguranças e frustrações por conta de desejos reprimidos. Pode indicar obsessões e tendências sexuais mais complexas, promiscuidade e outras questões. É onde a pessoa pode se sentir mais rejeitada e vingativa, assim como mais intransigente, possessiva ou insaciável.
Lida com questões mais ligadas ao nosso lado inconsciente, por isso, é interessante termos conhecimento sobre essas questões para lidarmos positivamente com elas. Embora possam parecer problemáticas à primeira vista (pois estão ocultas, na sombra), essas questões ganham um novo prisma quando jogamos luz em cima delas. Dessa forma, Lilith contribui com mais um pedaço do grande quebra-cabeças do autoconhecimento que é o mapa astral.
É onde também podemos exercer certo fascínio sobre os outros. Se analisada junto com outros planetas em que forme uma conjunção, por exemplo, quando a pessoa age nos termos daquele planeta, geralmente atrai atenção positiva. Só que quando esse possível fascínio é ativado, podemos atrair inveja e ter nossas energias drenadas.
É também um local do mapa onde nada nos supre, gerando com isso a possibilidade de uma compulsão estilo "saco sem fundo", onde temos uma maior necessidade de ficar alimentando aqueles temas com frequência para sentir um maior contentamento.
O ideal é analisar a Lilith no mapa levando em conta em que signo e casa onde está posicionada, além de possíveis aspectos com outros planetas. Com isso, podemos ter indicações e entendimentos sobre certos comportamentos e acontecimentos, até mesmo, inconscientes, e como utilizar de maneira positiva essa força que, ao mesmo tempo em que é controversa, é fonte de atração e traz uma tremenda energia para todos nós.
Além da astrologia ocidental, Lilith se manifesta na astrologia védica. Porém, neste caso, ela aparecerá com várias denominações, já que a cultura védica se apoia na reencarnação. Sendo assim, o princípio reencarnatório se aplicaria também aos deuses, e por isso, é comum que uma mesma divindade tenha vários nomes.
No caso de Lilith, ela seria conhecida também como Rudrani, a esposa de Rudra (ou Shiva). Ambos são deuses muito antigos, que precedem a própria criação humana. Uma das explicações sobre o surgimento dessas entidades é que ambos foram criados por Brahma, o Deus da criação hindu. Primeiro veio Rudra, um ser hermafrodita e violento. A partir da determinação de Brahma, houve a separação do homem e da mulher, e com isso surgiu Rudrani, a versão feminina de Rudra, sendo ela dona de uma personalidade ainda mais feroz.
Rudrani era uma deusa que necessitava de liberdade total e a sua força destruidora só poderia ser amenizada quando Rudra se submetia as suas vontades, até mesmo no ato sexual em que ela o dominava, ficando sempre por cima. No momento em que foram separados, passaram viver em locais de exata oposição no céu.
Todavia, na astrologia védica, há outra compreensão sobre Lilith, onde ela é entendida como sendo a morte. Neste caso, a compreensão da morte pode ser algo mais amplo, pois pode representar o fim de um ciclo, de algo que precisa morrer para que outras perspectivas floresçam. Portanto, a Lilith virá para encerrar uma situação, mas geralmente de formas não muito tranquilas.
Como já vimos, Lilith está presente tanto na astrologia ocidental quanto na astrologia védica. Nesta última, devido às inúmeras reencarnações, assume o nome de Rudrani, Kali, Durga, Nyrder, etc. Porém, a sua presença no mapa sempre marca uma energia catalisadora, com características um pouco caóticas.
Desta forma, para compreender esta entidade controversa que possui uma dinâmica tão particular se movimentando no universo de forma múltipla e difusa, é necessário saber que Lilith possui quatro variantes, podendo, assim, ser encontrada em diversas posições em um mapa.
Mas, o ponto de marcação mais tradicional é a chamada Lua Negra mesmo. Como a lua orbita de maneira oval pela Terra (órbita elíptica), existem alguns momentos do mês em que ela está mais afastada de nosso planeta, sendo o apogeu da lua. Muitos astrólogos utilizam esse ponto focal para marcar Lilith no mapa e também consideram essa como sua presença mais marcante, relacionando o apogeu da Lua com o exílio de Lilith.
A partir daí, existem as variações. A primeira é geralmente chamada de Lua Média. A outra variante é a Lua Verdadeira, que diz que a lua orbita em torno do baricentro, ou seja, do núcleo da Terra. A explicação para essa Lilith ser chamada de "verdadeira" pode ser um pouco complexa, mas vamos tentar simplificar. A Terra faz o movimento de rotação (24h) e o de translação (1 ano). Porém, há outro movimento, chamado de oscilante (ou precessão dos equinócios, como se fosse um bambolê girando). Assim, o planeta oscila em um determinado período, mudando 1 grau a cada 72 anos. Dessa forma, é necessário fazer um ajuste nessa variação do eixo de rotação. Observar a órbita em torno do núcleo seria um cálculo mais preciso, considerando essa variação. Por isso, a Lilith Verdadeira também é chamada de Lilith Oscilante, pois utiliza mais esse movimento terrestre para calcular seu ponto.
Existem ainda outras vertentes que podem servir de base para calcular a localização da Lilith em um mapa: Lilith Asteróide e Lilith Lua Fantasma. Elas também completam as simbologias mitológicas de Lilith, ou seja, contam sua história.
A única representação "física" de Lilith (as outras são pontos virtuais), já que se trata de um asteróide descoberto em 1927. Quando esta face de Lilith se pronuncia no mapa, é dito que acentua um constrangimento em uma determinada área da vida, como bullying que acarretou ressentimentos e traumas. É quando Lilith decide romper com a opressão e foge, se exilando.
A outra forma de Lilith, talvez a mais controversa, é a Lua Fantasma (Waldemath ou Sepahrial). Enquanto no Asteróide Lilith temos a presença do constrangimento, da humilhação e do bullying, a Lua Fantasma manifesta a energia da vingança e da retaliação. Lilith está em seu isolamento, sofrendo toda sua dor e suas emoções mais íntimas, como o desejo de vingança e outros sentimentos obscuros."