Não ponhas noutra parte o coração; no bosque ficarás, queiras ou não. Um espírito eu sou, de voz sincera; verão perene em meu país impera, e amor te voto.

Nos densos cerrados, no bos­que fa­guei­ro, nos belos gramados por tudo me esgueiro mais apressada que a lua quan­do na mata flutua. Contente, sirvo à rainha das fadas, senhora minha e sobre o relvado faço de seus círculos o traço.

Nossa essência, porém, é diferente. Com o amante da Aurora, no nascente rubicundo costumo divertir-me; às vezes, como caçador, a firme terra me apraz cortar, até que a rubra porta ecoa a Netuno nos descubra, com amarelo de ouro colorindo a verde superfície do mar lindo.

feb 11 2014 ∞
oct 23 2016 +