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  • ambedo: um tipo de transe melancólico no qual você se torna completamente absorto por pequenos detalhes sensoriais – pingos de chuva escorrendo pela janela, árvores altas se dobrando lentamente com o vento, espirais de creme se formando no café – o que, por fim, leva a uma avassaladora constatação da fragilidade da vida.
  • aimonimia: o medo de que aprender o nome de algo – um pássaro, uma constelação, uma pessoa bonita – vai estragar tudo.
  • alexithymia: dificuldade em descrever sentimentos verbalmente.
  • anchorage: o desejo de segurar o tempo enquanto ele passa, como tentar se segurar em uma pedra no meio de um rio com muita correnteza.
  • anemoia: nostalgia de um tempo no qual você nunca viveu.
  • anthrodynia: um estado de exaustão ao perceber o quão horríveis as pessoas podem ser umas com as outras.
  • chrysalism: a tranquilidade confortável de se estar dentro de casa durante uma tempestade.
  • eleutheromania: um grande desejo ou obsessão pela liberdade.
  • ellipsism: a tristeza de saber que não irá viver para ver o futuro.
  • enouement: a sensação agridoce de ter chegado no futuro, visto como tudo aconteceu, mas não ser capaz de contar para o seu ‘eu’ do passado.
  • exulansis: a tendência de desistir de tentar falar sobre uma determinada experiência porque as pessoas são incapazes de se relacionar com ela.
  • herzschmerz: uma dor emocional profunda no coração.
  • ikigai: a razão de viver.
  • kairosclerosis: o momento em que você percebe que está feliz – e tenta conscientemente aproveitar essa sensação – o que obriga seu intelecto a identificar e colocar a sensação em um contexto, onde a felicidade lentamente se dissolve até se tornar pouco mais do que um retrogosto.
  • lachesism: o desejo de ser atingido por um desastre – sobreviver a uma queda de avião, ou perder tudo em um incêndio.
  • lapyear: a idade em que você se torna mais velha do que seus pais eram quando você nasceu.
  • lethobenthos: o hábito de esquecer o quão importante uma pessoa é para você, até o momento em que você a encontra pessoalmente.
  • liberosis: o desejo de se importar menos com as coisas.
  • lypophrenia: vago sentimento de tristeza que aparenta não ter causa.
  • monachopsis: o sentimento sutil mas persistente de estar fora de lugar.
  • moriturism: perceber, como um solavanco durante um momento de insônia, que você vai morrer.
  • nementia: o esforço que vem logo após um momento de distração, para lembrar porque é mesmo que você está se sentindo irritada, ou ansiosa, ou animada.
  • nodus tollens: dar-se conta de que o roteiro da sua vida já não faz o menor sentido.
  • occhiolism: dar-se conta da pequenez da sua perspectiva, com a qual você não tem como chegar a qualquer conclusão significativa sobre o mundo, o passado, ou as complexidades da cultura.
  • onism: a frustração de estar preso em apenas um corpo que habita apenas um lugar por vez.
  • onsra: o sentimento agridoce que ocorre naqueles que sabem que seu amor não vai durar.
  • opia: a intensidade ambígua de olhar alguém nos olhos, e sentir-se simultaneamente invasivo e vulnerável.
  • philocalist: um amante da beleza. alguém que encontra e aprecia a beleza nas pequenas coisas.
  • rückkehrunruhe: o sentimento de voltar para casa depois de uma viagem imersiva, e perceber que toda a experiência já está desaparecendo rapidamente da sua consciência.
  • sonder: dar-se conta de que cada pessoa tem uma vida tão vívida e complexa quanto a sua – populada por ambições, amigos, rotinas, preocupações e loucura.
  • the bends: a frustração ao perceber que você não está aproveitando uma experiência tanto quanto deveria.
  • vemod: melancolia pensativa. sensação vazia de que algo bom acabou e não voltará.
  • vemödalen: medo de que tudo já tenha sido feito.
  • voorpret: pré-diversão. a sensação de prazer que se sente antes de um evento realmente ocorrer.
  • zenosyne: a sensação de que o tempo está passando cada vez mais rápido.
jan 18 2017 ∞
jan 24 2019 +