precisei de um tempo consideravelmente grande para concluir esta leitura porque considerei o livro não só denso, como bastante conteudista e bem carregado de informações e de lirismo, como manda o script de um dos maiores escritores romancistas que existiram no brasil. porém, confesso que não foi lá uma das melhores leituras que fiz. não me arrependo, muito pelo contrário, é fato que o josé de alencar é um dos pilares da literatura brasileira e pra começar a obra a gente tem que escolher um bom terreno (essa analogia fez mais sentido na minha cabeça)... mas foi meio difícil engolir todos os machismos e esteriótipos dos povos indígenas. a iracema tinha como ser bem desenvolvida, mas o livro resume ela a uma moça inferiorizada que abdicou de tudo o que tinha por amor a um homem branco – como sempre, retratado como o herói –, que a deixou abandonada grávida (mais de uma vez) e, no fim, morrer por tê-lo amado demais. só. e me deu uma preguiça essa trama furreca, sabe? no mais, gostei da maneira como a contexto histórico e a linguagem da época foram bem explorados, e nessa edição em específico, todos os termos antigos que não são comumente utilizados hoje em dia foram explicados em cada página, o que contribuiu bastante para o meu entendimento da prosa.