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she/her · 90's · sad & brazilian · chronically online · fujoshi · infp · chaotic neutral · lesbian ace · agnostic atheist || ☆*:. ❝nobody likes being alone that much. i don't go out of my way to make friends, that's all. it just leads to disappointment❞ — norwegian wood • haruki murakami ☆*:. || pocket camp id: 47193650090 | (pt-br)

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inspo by elizabeth

    • contém spoilers!

FEV.

  • 🎵 | born again ➺ estou completamente obcecada, a despeito de ser genérica e parecer descarte da dua lipa do início da década (desbloqueando memórias traumáticas). enfim, é uma delicinha. já estou vendo que o álbum da lisa vai ser uma salada, mas que se dane, se as músicas forem menos esquecíveis que as da rose, já estará valendo. está sendo divertido ver a reação dos jovens conservadores: há aqueles que estão horrorizados com a menção a jesus e as aparições de freiras e serpentes no videoclipe, há aqueles que fingem que a música é uma peça de crítica social e não sobre um ex que não tankou uma grande e fogosa DEUSA que o faria conhecer jesus e até nascer de novo. hahaha
  • 📽 | anora ➺ meio que já tinha levado spoiler sobre o desfecho, mas não estragou minha experiência, acho que até me fez prestar mais atenção ao que estava sendo tratado. basicamente, é tudo sobre um herdeiro de merda fodendo a vida do trabalhador (as always) por causa de um caprinho qualquer. também, é sobre uma trabalhadora que acreditou fazer parte da primeira classe porque ganhou umas migalhas de biscoitos. mas, minha filha, você nunca será! não esperava que a coitada fosse realmente se iludir, mas não penso que a ilusão foi tanto sobre o amor do ivan (até porque ela mal conhecia o rapaz e ele sempre deu sinais de ser um cabeça-oca), mas sobre "fazer parte daquele mundo de quem tem lugar garantido ao sol" e poder viver despreocupadamenre sem vender sua força de trabalho, simplesmente curtindo e ostentando sem pensar no amanhã. a decepção vem do fato de descobrir que nada está garantido para quem vem de baixo e não dispõe de cartas na manga e que aquela gente nunca a verá como igual. nem mesmo ivan, que lhe deu as ditas migalhas (e que migalha$), a considera mais que uma ferramenta descartável. acorda, menina. ah, gostei da quebra de clima, de como, por um momento, o filme parece que vai seguir para uma direção idealizada, romantizada (ao som de greatest day) para depois jogar a dura realidade na cara do espectador: ali, na confusão que se desenrola na sala, todos os envolvidos são palhaços do ivan. é ao mesmo tempo angustiante e cômico. gosto muito de como o desconforto dos trabalhadores (submetidos a situações constrangedoras, estressantes e/ou prejuízos diversos), não apenas dos capachos da família, mas do entorno, é envidenciado durante a confusão, seja na busca pelo menino vânia ou no embate com os pais da peça. aliás, voltando ao início do filme, quando a situação ainda é idealizada, gostei bastante da cena em que a ani está saindo da casa dos pais do ivan depois de uma noitada e os empregados da família estão limpando a bagunça (um caos!): não é muito sutil, mas nos recorda que ela está (e sempre estará) em pé de igualdade com eles e não com seu pretenso esposo, e acaba sendo um anúncio do que está por vir. não quero dizer desnecessária (pois o que é necessário na ficção?), mas aquela conversa do igor e da ani depois dos acontecimentos, ainda na mansão, é bem ruim. é constrangedor o igor precisar dizer quase explicitamente que enxerga a ani como pessoa e não como uma boneca inflável, uau, toma aqui seu prêmio por não ser um estuprador. cheesus. penso que poderia ter cortado logo do voo na terceira classe para a "despedida" no carro, sei lá. mas, enfim, gostei do final, de como ele deixa coisas em aberto. até que ponto igor a vê como uma igual? há outras questões em jogo, não? ele está tentando ser apenas um nice guy com segundas intenções? ele acredita mesmo que é um cara legal? há algo de real e não performático? ela acredita nas boas intenções dele? ou só desaba por estar exausta demais pafa manter a personagem, afinal? que merda. comentário mal escrito e cheio de erros porque quero dormir e amanhã tem realidade de novo. depois organizo isso. bjs. | edição: não posso deixar de comparar a anora com a nastasya filippovna de "o idiota" (estou surtando lendo ele! 🤌), que não é considerada pela sociedade como uma "mulher decente" por ter sido comcubina do tótski, sendo tratada pelo seu "protetor" como uma mercadoria desposável quando se torna incômoda (quando ele resolve procurar uma esposa do mesmo nível). por conta de sua situação, nastasya não enxerga outra saída para si que não seja a autodestruição. para mim, o choro da anora no final é sobre isso, sobre o trauma de ser desumanizada, e ter "sido posta no seu lugar de quem não vale nada" ao ponto dela mesma não acreditar, naquele momento, que é mais do que aquilo que a sociedade enxerga dela. ela está sozinha ali. | mais uma edição: olhando a conversa de ani e igor na mansão, vejo como ele tentando se forçar como o príncipe do cavalo branco, sendo que nem a protagonista, nem o espectador acreditam nessa pataquada naquela altura do campeonato. ainda tenho mixed fellings com essa cena em particular, porque não sei se a intenção é pintar ele como um "príncipe", e se for, seria uma pena. como o final é aberto, interpretarei da forma que mais me agrada. | yotra: amei o uso de all the things she say, estava antes me perguntando qual o sentido de ter esse hino na trilha sonora. haha no fim, a invejosa estava coberta de razão naquele ponto... até um relógio errado etc
  • 📖 | caim ➺ só recordo aquela fala do ivan karamázov sobre o homem ter criado deus a sua imagem e semelhança. o que explica muita coisa. uma história em que pai e filhos, apesar dos desentendimentos, são espelhos um do outro, para o bem ou para o mal (mais mal que bem aqui). desapontado com deus, caim se desaponta com a própria humanidade. a lilith é muito kinga, best gril. casquei com esse final.

JAN.

  • 📖 | as meninas ➺ não sei nem por onde começar! o que a lygia faz com as palavras é fantástico e avassalador. meu deus. gosto como ele trabalha com a ideia de tríade nesse romance: três mulheres, três estágios entre sanidade/loucura, três instituições repressoras (família, igreja, estado), três lances da gazela perseguida por um tigre na tapeçaria da mãe de lorena se repetindo ad infinitum. o triângulo, instabilidade. desejo e castração. ̶o̶ ̶o̶d̶d̶ ̶e̶y̶e̶ ̶c̶i̶r̶c̶l̶e̶. é sobre as dores de crescer em uma posição (social/histórica/psicológica) que não te permite florescer em plenitude, tema este desenvolvido de forma rica e complexa, para não falar na crítica social (é incrível como lygia conseguiu não ser censurada pela ditadura, mesmo narrando o ponto de vista de uma personagem politicamente contrária e inserindo um relato de tortura em dado momento do texto, que inclusive é marcante). não achei um livro difícil de ler, porque acho o fluxo de consciência e as conversas fragmentadas tão naturais, é como a gente pensa/fala no dia-a-dia. mas é um livro que exige antenção do leitor, para não se perder nas alternâncias de pontos de vistas ou passeios pelos labirintos das protagonistas. o trabalho de criação/estudo das personagens é primoroso, cada qual com seu próprio universo  e com sua forma particular de se expressar – e tantos detalhes! confesso que quase travei nas partes da lião, por ser, das três, aquela com o pensamento mais ordenado: era meio brochante largar as minhocações da nhem-nhem e as viagens da ana turva para acompanhar lia de melo schultz em seus arroubos revolucionários estéreis - porém, não desgosto dela. achei relevante como lorena e lia se portam como espelhos (enquanto ana clara anda pela tangente como um fantasma a espreita, na maior parte do tempo). quando as duas L conversam,  seus pontos de vista se alternam e por vezes precisamos voltar para entender quando acaba uma e começa a outra - mas logo nos situamos porque uma vive no mundo da lua, outra tem os pés no chão. é também interessante como a narrativa de lia e lorena explora a homossexualidade (de forma literal? simbólica? ambas? não sei). quando vejo discutirem o homoerotismo em lygia telles, muito se fala no fato da lia ser lida como lésbica pelas outras personagens e pelos leitores - por não atender a determinados padrões de feminilidade, por sufocar uma paixão sáfica na adolescência, por projetar seu interesse amoroso para um homem ausente etecetera - mas pouco se fala no fato da lorena parecer, em certos momentos, obcedada por “lésbicas” de um jeito “theo ‘not gay’ decker assombrado por gays” (vou meter o pintassilgo nisso sim!), além de interagir com a lião de forma 🤨 🏳️‍🌈 em vários momentos que não vou listar para não me demorar. como alguém que reconhece o cuidado da autora com as palavras, acredito que determinados elementos de cena não estão jogados ao mero acaso. call me delusional, mas está dentro do leque de interpretações pensar que a lena possui uma inclinação a bissexualidade, apesar de ser sexualmente reprimida ao ponto de depositar suas esperanças de perder a virgindade em M.N., um homem impossível que sequer sabemos se existe de verdade, rejeitando qualquer possibilidade (real e) acessível de ser bem servida. é curioso o fato da lião ser a pessoa que repreende a mãe de lorena pela homofobia, em um contexto onde a chama de “mãezinha” – cara, elas definitivamente são complementares. sobre a ana turva, é a personagem mais sofrida e nos capítulos sob seu ponto de vista, o texto transborda em dor, revolta e devaneio, já que nas drogas ela tenta escapar – em vão – de seu passado traumático (marcado pela violência sexual e pela extrema pobreza) e de seu presente incerto. solitária, quase (?) um espectro a zanzar por aí, our lady of sorrows. as três são todas muito marcantes e super recomendo essa leitura que não se esgota ao se findar e aborda questões ainda atuais. coisas que alugaram um triplex na minha cabeça: o noivo de ana clara existe? M.N. existe? os gêmeos existiram em algum momento ou apenas um deles? essa narrativa é, em certa medida, factual e não exclusivamente simbólica? como podemos ter certeza que não são tudo projeções de lorena vaz leme, inclusive as meninas, inclusive a cidade que cheira a pêssego? questões. ah, lygia, eu te amo, eu te amo, eu te amo. (e isso aqui ficou muito longo, pensando em retornar ao esquema antingo esse journal! vou organizar tudo quando puder!)
  • 📽 | nosferatu ➺ gostei dessa releitura onde o conde orlok não é apenas uma ameaça externa, mas uma manifestação das pulsões reprimidas da ellen: um eco, um espelho, um igual que ela atrai como um imã, apesar da repulsa. ah, ellen! </3 diferente do material base, a personagem se apresenta com duas faces: sendo a virgem pura que dará fim a moléstia (tal como sua versão dos anos 20) e, também, a bruxa "perversa" que convocou a praga, meio que sem querer, em uma de suas crises. interessante. necessito de uma fanfic ellen/thomas post canon fix it, pois não é justo essa querida morrer depois de se reconciliar com sua sombra, sem poder viver a felicidade conjugal (risos) junto ao homem que a aceitou despida de sua pureza. sinto como se o final a condenasse de novo... esta foi minha impressão inicial (e, sim, ignoro os cadáveres espalhados pela cidade, cada um com seus problemas!). mas há quem diga que o final faz todo sentido e nesse ver, não seria o sacrifício/a morte uma espécie de libertação da ellen de uma mundo que não a compreendia? e mesmo thomas, chegou a compreender sua amada? pensando pensamentos pensantes. mas, ainda, fico triste. por fim, vontade de ouvir o álbum da ethel cain pensando na coitada... nunca diga desta água etecetera. | edit: estava lembrando que tem um trecho em o pintassilgo onde o boris e o theo estão drogados no parquinho e o theo compara as suas sensações ao nosferatu de 1922 e se segura na voz do boris para não se perder na bad de estar perdendo o boris para kotku e que em outro momento específico o theo compara o sotaque do boris ao do conde drácula e como o boris é sempre retratado (estereotipicamente) como uma figura estrangeira (do leste europeu) que vira a vida do theo de cabeça para baixo e que é também sua sombra, seu desastre particular... deus, preciso parar de fazer tudo ser sobre boris/theo.
  • 📽 | ainda estou aqui ➺ é um filme competente dentro do que se propõe que é abordar o trauma familiar resultante do sequestro do rubens paiva pela ditadura militar, mostrando como o acontecimento foi um ponto de ruptura e resignificação na vida de sua esposa, eunice, especialmente. embora ache válido aproveitar que o tema está sob holofotes para lembrar que existem outras narrativas e que abusos do poder estatal perduram (mesmo hoje, no regime democrático), este filme não pretende em momento algum esgotar a discussão ou ser um estudo definitivo sobre tais fatos históricos - e tudo bem! trata-se de um recorte intimista - tanto que o cenário principal da ação é a casa dos paiva, palco e reflexo do antes e do depois na dinâmica familiar (inclusive, lembrei do modo como a casa se modifica em a espuma dos dias, livro e filme). enfim, dentro de sua proposta, achei que o filme poderia ter explorado um pouquinho mais as mudanças na vida da família (e da eunice) antes do time skip de 25 anos, que foi um pouco anticlimático. as atuações são maravilhosas. chorei horrores. deem o oscar para essa mulher ou se verão comigo.
  • 📽 | moment ➺ a vida é absurda veyr. *fumando um cigarro* cinema independente, gostoso demais. amei as personagens, a estranheza e o humor. se fosse mais jovem, adotaria o hatta-kun como minha nova personalidade daqui por diante por um longo tempo. a pocky é uma gracinha. e me casco demais com a voz do tamio-kun. gosto de narrativas que trabalham com a questão do desespero diante da finitude, da aceitação (ou não) do destino, e do quanto a vida pode ser um grande rolê aleatório... é legal ver isso trabalhado em uma história divertida, sem pedantismo.
  • 📽 | eu sei que vou te amar ➺ pretensiosamente poético de um modo que beira ao ridículo e ao cafona, mas não vou fingir que não gosto da pataquada. lembrei de persona do bergan e até mesmo de evangelion em certos momentos (risos). passada com a atuação dos dois, especialmente da fernanda torres novinha. amei os looks da diva... chamou-me a atenção o simbólico das trocas de brincos (não sei se há intencionalidade ou se é só minha mente alucicrazy tentando ver significação em tudo). é um pouquinho cansativo, mas vale a pena.
  • 🎧 | perverts ➺ valha-me, que agonia. consegui terminar. conceitualmente interessante, mas estava rezando para acabar logo, misericórdia. acredito que seja a intenção da artista fazer-nos vivenciar o inferno mental do eu lírico por noventa minutos (parabéns pelo êxito), mas de louca basta eu.
  • 🎧 | debí tirar más fotos ➺ que delícia, pode encerrar 2025 que o aoty já foi lançado. me sentido latina, minhas raízes latinas. as veias abertas.
  • 🎧 | fragilehearted ➺ para jovens que se acham muito trágicas e se levam muito a sério, minha versão de 2013 iria adorar. isso aqui e várias abas abertas no tumblr... em alguns momentos, a voz da sophie me lembra da finada grimes do velho testamento...
  • 📽 | wicked ➺ dizer que os visuais são lindíssimos é chover no molhado. a ariana e a cynthia estão maravilhosas em seus papéis e suas personagens são interessantes, cada uma a sua maneira. a trama, por sua vez, deixa a desejar. superficial, nada muito desenvolvido. ênfase na aparência em detrimento do conteúdo, como as redações da glinda para o professor dillamond. as músicas não me envolveram tanto, só as mais famosinhas mesmo. a sequência final, com defying gravity, é arrebatadora. chorei porque me emociono fácil.
  • 📖 | sylph no hanahime ➺ é como se lesse um conto de fadas, levíssimo como a brisa e as flores que dão nome ao reino de ventfleur. curti a dinâmica das protagonistas, que se gostam e se apoiam (e se provocam), sem confessarem abertamente a natureza de seus sentimentos. são adoráveis. queria muito ver alguma cena da princesa conjurando a espada sagrada do corpo da freira, como em shoujo kakumei utena. a arte é simples, mas graciosa.
jan 2 2025 ∞
feb 10 2025 +