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ch. 1 - ch. 9 : apesar de achar o início promissor, fiquei irritada com o pacing. em certos momentos, informações são jogadas de forma abrupta, sem uma aclimatação necessária e sem pausas para que o leitor e os personagens processem os acontecimentos. eu sinto falta de quadros vazios, de silêncios, de reflexões, enfim. cenas que poderia trazer emoções ou revelações acabam ficando ??????? (por exemplo, nas interações do alto durante as viagens ao convento, ou quando a idosa da casa onde se hospedam diz que teve um filho entregue a igreja, ou quando o elva recusa o alto na cama. poderiam ser cenas incríveis e carregadas de emoção, mas acabam diluidas em um oceano de acontecimentos em fast foward e eu não sinto o que deveria sentir.
o casal é lindo demais e toda a questão do elva ser meio que uma "pessoa sagrada" que o alto pode "estragar" é uma dinâmica que eu gosto muito (deve ser a culpa católica que ainda reside por aqui). o fato deles serem um casal com muito contato físico ~não ~exatamente ~sexual mas muito terno, muito íntimo, é uma delícia de ver e acho que essa parte foi muito bem construída, o quanto esse contato é importante para os dois em encurtar a distância entre dois mundos - embora não o suficiente para sempre. o alto é todo um golden retriever. ♡
a lore é bem interessante, embora tenha inconsistências. por exemplo, em dado momento é dito que o protagonista é ignorante sobre os "protetores" por ter vivido no interior da ilha, dando a entender que o território em questão é vasto e algumas pessoas desconhecem os perigos do mar e as crenças do mundo em que vivem. a conversa com os soldados no segundo volume reforça essa percepção, já que eles desconheciam essas informações também. por outro lado, em dado momento, ficamos sabendo que só existem quatro "protetores" ativos, que atuam nos extremos da ilha... e porque ninguém ainda citou o norte, porque o apagamento do norte? /aquelas pois bem, o quão grande é esse território ao ponto de só quatro pessoas darem conta de proteger e mesmo assim existirem nativos que nunca viram o mar?
ch. 10 - 14 : ai, não gostei da forma como o mundo contemporâneo foi inserido na trama. aparentemente os vilões são o hétero-patriarcado e a culpa – socorr- penso que a abadessa poderia ter manipulado um pouco mais o psicológico do elva em vez de entrar no logo modo full rage homofóbico, seria bem mais interessante e condizente com as amarras dele, que foram superadas rápido demais (mas acho que isso ainda vai acontecer de algum modo...) eu que estava feliz pela dificuldade dos personagens não ser a homofobia (pelo menos não literal) e sim outra coisa (a morte, a conexão com a magia, o senso de dever) para variar, mas tudo bem! ainda parece uma corrida. mas dinâmica do casal aprendendo a se comunicar é muito boa e me anima a continuar. espero que termine logo e não tenha dez volumes, porque haja reviravoltas! tive respostas sobre o norte e o tamanho da ilha, e dado o contexto não é de se estranhar a alienação dos habitantes... dá para engolir com farinha. o senhor da ilha seria um feiticeiro? teria ele um pacto com as águas negras? o que são as águas negras? e como letty e cia estão trazendo tecnologia para ilha sem serem impedidosdada a pouca extensão territorial e o controle do senhor das terras?