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she/her · 90's · sad & brazilian · chronically online · fujoshi · infp · chaotic neutral · lesbian ace · agnostic atheist || ☆*:. ❝nobody likes being alone that much. i don't go out of my way to make friends, that's all. it just leads to disappointment❞ — norwegian wood • haruki murakami ☆*:. || pocket camp id: 47193650090 | (pt-br)

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january

    • week 04

parece que todo meu otimismo de virada do ano foi drenado. as pessoas estão cada vez mais sem noção. exausta. ansiosa, contando os dias até surtar. kkkkkk é foda tomar todos os cuidados, pregar a palavra do EPI de qualidade e ser vista como louca por quem não toma os cuidados mais básicos. puta que pariu. o pintassilgo foi uma ÓTIMA distração, mas preciso voltar ao foco de conquistar um cargo foda e juntar uns meses de salário para pular fora desse país. tentar tirar forças do cu, porque estou com zero ânimo. enfim, queria encontrar uma leitura coletiva onde as pessoas adotassem horários plausíveis ou sem pira de fazer live.

  • 54% - 100% | o pintassilgo: NOOOOOOOO, THEO, YOU DIDN'T!!! e NOOOOOO, BORIS, YOU DIDN'T!!! eis tudo que consigo vociferar a medida que viro as páginas desse bendito livro. ELES SÃO SOULMATES, SIM, feitos sob medida um para o outro. já não penso que theo é santo: boris é espelho (amplificador, catalizador, claro) de algo obscuro que já morava no coração do amigo e único pessoa para a qual theo revela suas dores mais íntimas relacionadas ao atentado. a pontinha de podridão na fruta madura, as trevas na luz, a morte em vida - como a mãe do theo aponta durante a lição de anatomia no museu, instantes antes do mundo desabar. a flor do mal existe desde o princípio, antes da explosão, desde tom cable ou desde quem-sabe-quando: a fraqueza da carne, a tendência a se perder no caminho, a inclinação ao vício em conflito (eterno) com as virtudes. a dor hereditária. a solidão. a pequena tribo de dois ofidioglotas. tem uma pá de reflexões que poderia fazer, mas estou morrendo de preguiça (o homem é intrinsecamente mal? ou a sociedade o corrompe? bla bla bla whiskas sachê mas de fato não foi boris. ou não APENAS boris que o desalinhou: na verdade, theo encontrou uma casa em nosferatu AND I THINK IT'S BEAUTIFUL). tanto audrey como pippa são idealizadas ao extremo como seres celestiais capazes de fazer da terra o próprio céu (e diante das quais theo nunca se sente à altura). vale destacar que algumas vezes a autora faz alusões (não muito sutis) de hobie como jesus - ou seria impressão minha tentando caçar significados? insira aqui os paralelos de um relacionamento que salva (welty/hobie) e de um relacionamento que condena (boris/theo), é verdade que ninguém jamais vai se conectar por inteiro, o problema é que os dois garotos são uns cuzões problemáticos. fuga. escapismo. dissimulação. acho que são algumas das palavras chave aqui. todas as personagens escondem (ou tentam esconder) partes incômodas, claro, quem não se esforça para aparentar estar bem, muito bem, obrigado? até a pippa, quando theo olha de perto para além do véu de encantamento, tem seus monstros no armário. a vida é isso, caos, memórias expressas em cicatrizes: marcas desiguais de desgaste com as quais precisamos aprender a lidar. nesse sentido, vejo a situação do pintassilgo como uma metáfora para o próprio theo, em especial, tanto o quadro em si (perdido e trancafiado) como o animal nele representado (uma ilusão belíssima e dotada de vida quando visto de longe, mas uma piada composta de pinceladas caóticas quando visto de perto e, apesar das asas, preso ao solo para sempre). // não consigo ter raiva da kitsey. mas estou morrendo para ver a bonitinha ser trocada pelo boris no altar. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (att: não teve, mas tudo bem) // a arte, cara, ainda não tinha me tocado em como o livro explora o papel da arte em alimentar as fantasias escapistas - e, por conseguinte, consolar a alma, enobrecer a vida, eternizar o espírito. // as DRs dos dois kkkkkkkkkkkk // meu deus, como assim theodore significa "presente de deus" e boris significa "lobo" e quem é o lobo, , dentre seus significados, senão a besta do apocalipse??? hahahahahaha AMO!!! o homem é o lobo do homem? o apocalipse é o fim ou o recomeço para algo novo? donna tartt ícone perspicaz! o livro é repleto de iconografia cristã, inclusive, não à toa o clímax acontece durante o natal. // o boris chorando dizendo que só queria o bem do theo, o boris chorando, pelo amor de deus, theo, beija de novo esse homem!!! // TERMINEEEEI, QUE FINAL BELÍSSIMO, JAMAIS VOU CONSEGUIR LER OUTRO LIVR- // apesar de shippar boreo, preciso esculachar com o povo que diz que o theo é gay, apagando outros relacionamento do protagonista, quando ele é claramente BI. o b de lgbt é de boreo SIM. enfim, não é porque a paixão dele pela pippa é doentia e o amor dele pela kitsey (que existiu em determinado momento) não dá frutos plenamente que esses sentimentos não existiram. esses 3 relacionamentos são importantes para a formação do theo e cada um possui um simbolismo próprio. pippa é o céu, um anjo, uma santa a ser adorada, a princesa dos contos de fada, a nostalgia das coisas antigas e da infância, da qual theo jamais se vê merecedor e a qual nunca vai alcançar por desconsiderar que ela é um ser humano tão frágil e quebrado quanto ele próprio, ele idealiza uma fantasia e esquece da pessoa real, das implicações reais. kitsey é a terra, o mundano. mais palpável, ainda que outra fantasia em que theo busca pertencimento. as convenções e exigências sociais, as aparências, as fotos do instragam, a superficialidade sem tempo para drama, a rotina acelerada e a vida social exaustiva na qual theo tenta se inserir como um adulto capaz, a flor que não dá frutos porque é gélida aos olhos de theo (e de boris), o concreto firme a qual ele não se conecta, as novidade efêmera em detrimento do antigo, da memória, uma perspectiva que o sufoca, mas a qual um dia ele poderá encarar de frente e nos próprios termos, talvez, quem sabe não com kitsey, mas com outra pessoa (note que o noivado não é oficialmente desfeito)? o boris é o inferno na figura do próprio anjo caído, rebelião, fuga das normas, atirar-se ao fogo sem medo, a noite, as águas submersas, a correnteza violenta. o escapismo, os vícios. mas também o demian de hesse. a sombra/alma gêmea que habita a face oculta da lua. vale dizer, é na viagem ao mais fundo do poço que theo renasce e se redescobre (mas não de todo, o que vemos no final é o início de um longo processo). no caos que encontra a ordem, de certa forma as más ações do boris abrindo caminho para um bom desfecho - afinal, essa viagem ao centro da noite acaba salvando theo e lhe trazendo de volta algo outrora perdido, sendo fundamenfal na jornada de autoconhecimento dele. é a relação mais íntima e correspondida das três, ainda que subentendida. mas nenhum desses 3 encontros supera a comunhão do protagonista com o pintassilgo, que representa o encontro do theo com sua totalidade, consigo mesmo. é a conexão de duas almas em conflito através das gerações; a contemplação, a magia que não morre. a beleza das artes e de outros elementos atemporais diante dos quais nos encontramos fascinados e compreendidos, acolhidos, pertencentes, especiais, tornando a solidão mais ou menos suportável, de modo que possamos, apesar do caos, da dor e das decepções, seguir em frente, humilde, de peito aberto, nos próprios termos. *SIGH* enfim, esse livro é muito sobre ser sozinho e desamparado e essa propensão a criar fantasias que é como respirar. // os boreo fizeram ou não fizeram é o capitu traiu ou não traiu dos romances de formação, né??? imho eles fizeram algumas cositas sim, não tudo, mas o theo é um bebum aminésico e o boris não quis falar as claras porque sabe da homofobia internalizada do theo. change my mind. // eis que descobri que o pintassilgo é um simbolo para a paixão de cristo e ressurreição??? sem mais. favoritado. // e eu sei que esse texto ficou repetitivo, mas é apenas um registro dos meus pensamentos, quem sabe um dia trabalhe em cima disso em um review organizada. hahah

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    • week 03

exausta. exausta. exausta. não tenho ânimo, mas os livros tem sido uma distração em meio as preocupações.

  • ch. 54 | ennead: ISIS PLEASE DON'T KKKKKKKKKKKKK POBRE SETH
  • 46% - 50% | o pintassilgo: deus, poderia escrever um livro com os surtos que tenho com esse livro! quero falar do pintassilgo com todo mundo. a atmosfera me recorda de oyasumi punpun na medida que explora, em meio aos processos conturbados de construção da identidade e busca do lugar no mundo, temáticas como solidão, depressão, autorejeição e daddy issues, além dos interesses amorosos que são o inferno e o céu desenhados: as luzes caóticas das etrelas no céu do deserto versus a centelha acolhedora dos cabelos rubros com cheiro de morango. estou gostando MUITO do ritmo e da escrita da autora, apesar do texto ser longo, não é nada enfadonho. e a ambientação, gosto do cuidado com as descrições dos cenários, cidades, bairros, casas, que não são escolhas aleatórias, mas sempre correspondem às sensações que aqueles lugares despertam no theo (como o vazio de vegas ou a nostalgia acolhedora da casa do hobie). e cada menção da influência do ***** sobre o theo é um deleite (pois É REAL) e um desespero (pois CHAVE DE CADEIA).
  • 0% - 100% | pink rush: é daquelas historinhas que leio para matar o tempo, rapidinha, sem grandes emoções, mas bem fofinha. é sobre uma idol que odeia ser idol e entrou para a vida de idol apenas para alcançar sua idol (e ser mimada por staffs bonitas). sana-chan é meu espírito animal.
  • ch.01 - ch. 52 | ennead: NÃO, NÃO É AMOR, O QUE VOCÊ SENTE, É SÓ OBSSESSÃO. UMA ILUSÃO DOS SEUS PENSAMENTOS, QUE TE FAZ FAZER COIS- SURTO. GRITO. é bom demais. não é algo que recomendo para todos os tipos de leitores, devido a certos temas bem desconfortáveis e que podem ser gatilhos (incesto, estupro e outros tipos de abuso físico/psicológico). ennead é basicamente um novelão estrelado por divindades da mitologia egípcia cheio de shock value, segredos, traições, intrigas, desejos de vingança e mulheres donas da porra toda. tem homossexualismo no meio, tem feiticeiro, tem prostituição, tem mentiras e outras coisas mais! a arte é linda, daquelas que saltam aos olhos; os flashbacks narrados através de silhuetas em preto (como pinturas antigas) é um charme. está difícil decidir por uma waifu, mas hathor e maat, meu-deus-do-céu. duas grandes gosto- maravilhosas! o anubis é um anjinho que dá vontade de guardar em um potinho e proteger de todo o mal. de início pensei que o relacionamento central seria hórus/anubis, mas, outra vez, shippei errado... é muito errado querer ver o circo pegar fogo? é muito errado querer que os protagonistas se devorem e se destruam ao mesmo tempo? é errado sentir pena do ****? então não quero estar certa. gosto da isis, interessante uma personagem feminina tomar os holofotes para si, considerando que a webtoon é BL. ah, aquele filho da puta do ~la-la-la, QUE ÓDIO desse psicopata.

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    • week 02

tpm, deprê, exausta de ter que levantar quatro da matina feat. não aguento mais ser brasileira, totalmente sem clima para ler, mas consegui pegar um pouquinho no tranco no fim de semana.

    • 17.01
  • 40% - 46% | o pintassilgo: meu deus, estou chorando, why? WHY? DONNA TARTT, POR QUE ME MATASTE? QUE ANTAS! QUE ÓDIO! estou feliz pelo sentimento ser recíproco e triste pelo desfecho, revoltada e com o pau na mão ao mesmo tempo. // é bom proteger meu popper, sra. tartt, não ouse macular um pelo do bichinho!

"olhamos um para o outro e apenas rimos; tudo era histericamente engraçado, até o escorregador do parquinho estava sorrindo para nós, e em algum momento, tarde da noite, enquanto nos balançávamos no trepa-trepa e chuvas de centelhas saíam voando da nossa boca, eu tive a epifania de que o riso era luz, e a luz era riso, e que esse era o segredo do universo."

"*****, eu percebi, estava olhando para o céu e cantarolando consigo mesmo uma frase de uma das músicas da minha mãe do velvet underground: but if you close the door… the night could last forever…"

"mais do que tudo eu estava aliviado por, no meu estado incomum de tagarela, ter me impedido de deixar escapar aquilo que estava na ponta da minha língua, aquilo que eu nunca disse, ainda que fosse algo que nós dois sabíamos muito bem sem que eu precisasse dizer em voz alta pra ele na rua — que era, é claro, eu te amo."

    • 16.01
  • 28% - 40% | o pintassilgo: 16.01: eis que apareceu o ***** e tudo se tornou mais interessante. de início pensei que ele seria uma espécie de demian nesse coming of age; mas não consigo enxergá-lo senão um catalizador da força (auto)destrutiva/pulsão de morte na medida que se apresenta como uma versão mais exagerada dos monstros do próprio theo. mas ao mesmo tempo um conpanheiro/um alento/uma morada/um igual entre tantos estranhos, em meio ao inferno que representa *** *****. a queda do paraíso, as maçãs, as luas, a água, os toques erráticos no escuro. e me dá um desespero do afeto entre os dois ser verbalizado/manifestado em xingamentos, socos, empurrões (são duas ANTAS). pensava que era coisa da cabeça do fandom e estava preparada para quebrar a cara, mas de fato há uma certa tensão, uma eletricidade entre os dois, praticamente um flerte com o abismo. meu deus, é tudo INTENSO. interessante como essa relação íntima, mas evasiva, desértica, "no homo, bro" de *****/theo se opõe ao caráter do relacionamento de welty/hobie, honesta e redentora. vasculhando todas as playlists existentes para sofrer com meu novo couple favorito. i like it.

"suas descrições do deserto — aquele brilho ofuscante oceânico e infinito — são terríveis , mas também muito bonitas. talvez haja alguma vantagem na aridez e no vazio disso tudo. a luz de antigamente é diferente da luz de hoje, e no entanto aqui, nesta casa, sou lembrado do passado a cada curva. mas quando penso em você, é como se tivesse partido para o mar num navio — rumo a um brilho estrangeiro onde não há estradas, apenas estrelas e céu."

"era estranho. era estranho? era; e não era."

"às vezes eu prestava atenção na corrente no tornozelo do pintassilgo, ou pensava em como aquela era uma vida cruel para uma criaturinha viva — esvoaçando brevemente, sempre forçado a pousar no mesmo lugar desesperador."

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    • week 01

oh, shit, here we go again. sim, sei que não sou nada disciplinada com essa coisa de manter registros, mas preciso falar sobre as leituras que amo e pelas quais acabo eventualmente obcecada e tendo em vista que a) não tenho amigos leitores, b) nem twitter, c) minhas leituras coletivas deixam a desejar, pois sempre que falo apaixonadamente de algum livro me deixam no vácuo então faço questão de falar sozinha aqui, não faz diferença. ao menos por enquanto.

  • ? - 28% | o pintassilgo: apesar de estar apreciando casualmente a leitura enquanto lavo as louças e ter adotado welty/hobie para vida (crying in take care - beach house.mp3 language e pelo amor de deus, preciso de fanfics descrevendo toda a vida que os dois partilharam juntos! na minha mesa. agora), ainda não entendi completamente o apelo do livro dentro do fandom e nem faço ideia de onde a autora quer chegar. seria o problema do hype atacando novamente? mas estou com vontade de seguir até o fim com um calhamaço e - acreditem - isso é um bom sinal.
  • 0% - 4,8% | os miseráveis: não acho o texto do hugo super difícil como outros leitores me fizeram acreditar (e temer). de fato, carrega uma dose generosa de contexto histórico (que força a gente a lembrar das aulas do ensino médio e visitar a wikipédia de vez em quando) e discussões de cunho político/ideológico relevantes na época (e ainda hoje), mas nada tão assustador. exceto pelo tamanho. a quantidade de páginas me deixa em pânico, considerando que não tem sido (ainda) uma leitura das mais empolgantes, apesar de não ser chata também. sinto-me péssima por não estar caindo de amores, minha carteirinha de leitora cult será confiscada. os famosos personagens ainda não deram as caras, mas o padre é gente fina a beça, gosto dele.
  • 0% - 100% | hidamari no orange: li pela capa LINDA e achei muito fofo! virou background do meu celular. aushuahahsuau embora não seja nada de mais, para ser franca. histórias delicadas sobre colegiais ~descobrindo o amor~ dificilmente deixam de me agradar, por mais que sejam derivativas (outras autoras que abordaram tópico fazem melhor, inclusive). nada tão aprofundado, mas fecha redondinho.
  • 0% - 100% | hige to suzu to shabondama outro que li por causa da capa porque capa de mangá BL é tudo maravilhosa aos meus olhos. são recortes da vida de um casal daqueles nos quais as partes divergem em personalidades mas se complementam no dia-a-dia. bonitinho, porém... *suspira* queria ter curtido mais, pois gosto do conceito "casal supostamente maduro tendo problemas normais e corriqueiros em vez de dramas saídos de folhetins". entretanto, acabei não sendo cativada, seja pelo fato de não ter uma história (QUESTÕES, SABE???) sendo desenvolvida, seja pelo fato do santa-san merecer homem melhor. *corre* também não gostei daquele plot do ex saído do éter para forçar uma trama interessante (LOL) aos 42min do segundo tempo.
  • 0% - 100% | the prince and the dressmaker: não estava a fim de ler nada e acabei relendo casualmente essa coisinha linda. sinceramente, não lembrava de gostar tanto assim dessa graphic novel até me deparar com a capa na minha biblioteca quando estava zapeando entre todos os livros que tenho na intenção de ler porra nenhuna. poderia ser aquele conto de fadas típico "menina pobre meets boy ricoh porém complicado", mas aqui o tratamento é diferenciado, delicado e de aquecer o coração. aprecio demais a dinâmica dos protagonistas e acho a arte super expressiva. queria alguns dos vestidos no meu guarda roupa! deixa a desejar na conclusão super apressada: uma ou duas páginas a mais para encerrar aquele pequeno time skip seria perfeito.
jan 14 2021 ∞
feb 1 2021 +